Historial


 

 

  O nosso Rancho Folclórico iniciou a sua actividade em 1977, e tudo a aconteceu a partir de uma brincadeira de Carnaval.

  Foi então notável a iniciativa de várias pessoas que se uniram com a finalidade de, junto da população mais idosa da região, recolherem músicas, danças e pesquisarem o modo de trajar da época.

  Após grande esforço conjunto conseguiu-se fazer a 1ª actuação em Novembro do mesmo ano.
 
  Desde então não temos parado de enriquecer o nosso espólio de danças e cantares mostrando os nossos costumes e tradições de norte a sul do país, ilhas e estrangeiro, contribuindo assim para a divulgação da nossa cultura popular.
 
  Representamos a região do Ribatejo-Bairro que se caracteriza pelo acidentado do terreno onde predominam as culturas de sequeiro, oliveiras e a vinha.
  Organizamos periodicamente Festivais de Folclore bem como Exposições e desfiles etnográficos que tanto dignificam a nossa região. Cantam-se as Janeiras, demonstram-se tarefas seculares praticadas pelos antepassados com o objectivo de dar a conhecer a nossa tradição às gerações mais novas.
 
  Tivemos a primeira actuação fora do País em 28 de Setembro de 1991 na cidade de Valência – Espanha.
  Em 2001 e 2005 integrados nas Festas do Mar da cidade da Horta actuámos nas Ilhas do Pico e do Faial.
  Participámos no Programa de Televisão “Sic 10 Horas”.
 
  No ano de 2010 tivemos na Ilha da Madeira, no Festival "48 horas a Bailar" do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Santana.  
 
  De realçar a atribuição pela Presidência do Conselho de Ministros, do título de Associação de Utilidade Pública, publicado no Diário da Republica de 28 de Agosto de 1991.
 
  A integração como sócio efectivo da Federação do Folclore Português, permitiu também uma maior projecção do nosso Rancho Folclórico.
 
  São ainda desenvolvidas diversas actividades extra folclore, que permitem angariar fundos para manter a actividade do grupo tendo como objectivo incentivar os jovens a dar continuidade à nossa obra preservando, em ambiente de convívio e amizade, este tesouro que é a nossa cultura popular.

  No nosso grupo temos trajes desde o traje Domingueiro de Homem e Mulher pobre, traje de Festa e traje de Trabalho de Homem e Mulher.

   

    Especificações dos Trajes

  O traje Domingueiro de Homem Pobre era usado ao Domingo, em bailes e romarias. Como as pessoas tinham poucos recursos, nesses dias especiais levavam a mesma roupa da semana de trabalho, sendo apenas lavadas ou então aplicadas bandas de tecido preto barato de modo a tornar o traje mais vistoso. O tecido usado para as calças e colete era o cotim normal ou o chamado "cotim militar". A camisa era de riscado, cinta e barrete de malha pretos e sapatos de couro tornados pretos com o carvão da panela.
 

  O traje Domingueiro de Mulher Pobre era guardado no baú para as ocasiões especiais. Usava-se nos fins do séc. XIX em festas, bailaricos e passeios ao Domingo assim como para ir à missa. Compunha-se de saia de fazenda com aplicações de cetim. A blusa podia ser de chita enfeitada com rendas. Usava cachené ou lenço e por vezes também uma bolsa por baixo do avental para guardar alguns valores. As meias eram de algodão e calçava sapatos ou chinelas tingidas de preto. Era hábito levar uma cesta "raposa" quando faziam longas caminhadas.


  O traje de Trabalho de Mulher de acordo com a actividade diária assim se trajavam a mulher da eira e apanha das vides, a aguadeira e a leiteira. As blusas eram de chita ou gorgorina, as saias de fazenda ou riscado tal como os aventais, lenços ou cachenéis, meias de cordão e calçavam chinelas ou sapatos de couro. Na faina da apanha das vides, usavam-se uns punhos postiçoes para não sujar ou romper a blusa bem como uma saca de serrapilheira para não rasgar a saia.



 

O traje de Trabalho de Homem usava-se nos trabalhos agrícolas desde a vinha à eira e em todos os outros cultivos da região. Vestiam calça e colete de cotim, camisa de riscado, cinta e barrete de malha e calçavam botas grossas.


  

 

 

 


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